Caros, baratos, incomparáveis fãs, terraquios, extraterrestres, admiradores e seguidores dos B10 nesta Galáxia ciclista e marcianos em geral que se deslocam em 2 rodas,
Hoje foi mais uma jornada de passeio de bike e de exercício numa das modalidades que mais apreciamos, o BTT, com este fantástico grupo de bikers que vêem as bicicletas e os trilhos de modo muito próprio.
Como sempre, a preguiça domingueira a atormentar este Convidado que sonha em ficar na cama, ao domingo de manhã, mas não consegue por dois motivos: o gosto por andar de bicicleta e a crónica frase da famosa Biker das 10 - “Despacha-te!” - que, repetida várias vezes, não lhe deixa outra alternativa senão, depois de 5 a 10 minutos de mentalização, a levantar-se tipo mola e a vestir a farda de ataque ao asfalto, terra e afins.
O GPS do nosso Fundador esteve a funcionar impecavelmente e as sms recebidas deram a devida conta de onde se encontrava a todo o momento.
Chegados ao ponto de encontro, na Avenida D. João III, fomos surpreendidos por dois regressos muito saudados. De volta estava o nosso aspirante a nadar agarrado à tábua, o The Last, e o Quebra-pedaleiras que, desta vez, se encontrava convenientemente equipado com a sua nova e vermelhinha specialized hardrock sport. E nós que o julgávamos desaparecido numa saga em busca da bicicleta perdida. O equipamento apresentado hoje revelou a certeza das nossa intuição. Breve referência à presença do nosso Mr. Plates ausente, na semana passada, por motivos profissionais.
Antes de iniciarmos a marcha, breve momento de discussão do relato do dia 22 Nov. e comentários sobre os nicks inventados à última hora. Uns apreciados pelos que os receberam, outros nem tanto.
Congratulamo-nos com o facto do Sem capacete ter dado a melhor atenção ao nosso reparo e vir totalmente equipado com um vistoso e bonito capacete, facto que suscitou o comentário de todos: “Eh pá, assim já não te podemos chamar Sem capacete! Temos de te dar outro nome!”
Ele respondeu, prontamente : “Não, não, eu até gosto desse!”
Ora aí está, um rapaz com sentido prático. Facilitou-nos a tarefa e, assim, já não temos de o baptizar pela segunda vez.
No entanto, houve alguém que não se mostrava muito satisfeita com a tentativa de nome que lhe quisemos dar. De facto, não foi das mais felizes, mas foi o que ocorreu na altura. Antes de partirmos ficou a promessa de ali até ao final mudarmos o nome, com base em algo que dissesse ou fizesse. Essa promessa suscitou um rasgado sorriso da convidada que ficou satisfeita e disse: “Sabes, não me identifico nada com o outro!”
O grupo estava pronto para partir e lá deu ao pedal. Ainda não tínhamos cumprido trinta metros, e eis que, vindo do nada, surge timidamente detrás do jipe, um não menos contido admirador nosso desde os primórdios – o Alex Pato – com algum do seu equipamento ainda nas mãos, em vez de estarem nas partes indicadas do corpo humano, designadamente, luvas, mochila e capacete.
Paragem obrigatória do grupo para integrar este nosso seguidor, que desde logo criou algumas dúvidas em relação ao seu desempenho, por se fazer acompanhar de uma emblemática e simpática máquina, cujas as origens remontam ao século XX. Enquanto tentava Alex Pato compor o equipamento, apreciamos todos a beleza histórica da ancestral Sirla, equipada com sistema shimano y-22. Uma verdadeira relíquia da história universal das bicicletas, pensaram alguns.
Depois desta integração, seguimos numa das tradicionais variantes das primeira secção dos nossos passeios. Rumamos em direcção a S. Gonçalo, subida da Morgado Botelho e Bairros Novos, no sentido do pico do Salomão, só para assustar, não estávamos a pensar castigar os regressados nem o nosso milanês Alex Pato. Assim, voltamos à direita para o parque urbano e fomos a todo o gás com destino à abelheira e canada do torreão. Neste troço, a proveta idade do material do Sr. Pato começava a traí-lo e tivemos de reagrupar no início da subida da abelheira para o pinhal da paz.
Esta contingência do Sr. Pato levou-nos a não presentear os convidados, e a ele próprio, com a famosa subida. Muita gente aliviada com o facto, sobretudo o Alex. Estivemos ainda 5 minutos a discutir, mas não avançamos. Sugerimos que o Sr. Pato pedisse ao pai natal material mais contemporâneo. Esta alusão às festas natalícias levou-nos logo a pensar em jantar de natal dos B10. E como lidamos com bikes, os eventos dos B10 tèm que ser como elas, isto é, com duas rodas, um jantar no natal e outro no fim de ano.
Continuamos o passeio, mas metros mais à frente percebemos que a máquina não colaborava com o Pato e, para nosso lamento, seguimos em frente com uma baixa.
O ponto habitual de passagem no Azores Park, onde alguns aproveitaram para retemperar forças e aprovisionar mantimentos e energia, e seguimos em direcção à matas nas imediações da sede da empresa Marques, local de trilhos muito interessantes e apreciados por todo o grupo. Hoje particularmente apreciado pela biker das 10 e pela rebaptizada Susan só coca-cola, que cometeram a proeza pessoal de atravessar, totalmente em cima da bikla, as zonas de água e lama. Feito aplaudido e incentivado por todos os restantes que assistiram sempre a torcer para concretizarem a façanha até final.
Descemos um fantástico trilho da mata, com piso arenoso e rochoso, com alguma dificuldade, que foi, por si só, um motivo de enorme gozo e satisfação para todos, mesmo não sendo possível fazê-lo todo em cima da bike. Sim, porque BTT também é andar com a bicicleta pela mão, ou mesmo às costas.
Do Livramento, onde fomos sair, dirigimo-nos para a Lagoa, com regresso a Ponta Delgada e a clássica passagem pelas Portas do Mar e forte de S. Brás.
O cheiro de frango assado neste percurso fez com que o tema churrasco fosse abordado numa pequena paragem na praia do pópulo. Lançamos logo a hipótese de, num próximo passeio, nos fazermos acompanhar de mochilas carregadas de frangos, batatas fritas e super bock para os assarmos no carvão, num qualquer barbecue perto de si ou daquele que o viesse a encontrar mais depressa.
Paródias à parte, foi mais uma jornada de bom humor, boa disposição e saudável exercício físico, onde percorremos 30 km, em 2 horas corridas, retirando paragens, à confortável média da 15 km.
Para a semana cá estaremos! Até lá uma excelente semana para todos e dêem ao pedal se puderem!